Fiz parte do primeiro grupo do PDTSI, e por ter feito parte reconheço algumas (e boas) mudanças que este percurso entretanto sofreu, nomeadamente no que se refere ao seu primeiro ano, que inclui aulas presenciais, participação em diversos seminários e a realização de muitos trabalhos que permitem obter algum feedback/estaleca acerca do trabalho solitário que será desenvolvido nos anos seguintes.
O percurso doutoral, pode ser realizado em tempo parcial (pagamento apenas de metade das propinas e alongar do período de doutoramento) ou a tempo integral (foi uma informação que só soube mais tarde). Pode ser uma boa alternativa para quem não tem pressa em concluir. Este é outro dos cenários que não compreendo nos doutoramentos, a propina (euros) elevada que se paga quer esteja a frequentar as aulas, quer esteja simplesmente no processo de investigação “solitário”. Julgo que seria justo baixar substancialmente o valor da propina nos anos seguintes, mas por outro lado compreendo, que o acesso aos diversos workshops e formações com convidados internacionais não saíram propriamente de “borla” à instituição.
No que se refere à minha experiência do PDTSI é bom saber que mesmo à distância de muitos kms, e apenas com contacto regular com alguns dos colegas e sempre com o orientador, o PDTSI envolve de ano para ano os alunos, já que promove (e obriga) a que todos os anos sejam apresentados “sumários” do trabalho que se tem desenvolvido. Além desta sessão obrigatória, o PDTSI premeia os seus alunos com workshops ao longo do ano, quer sobre metodologia e métodos de investigação, quer com contacto com investigadores internacionais que vêm mostrar/partilhar o seu trabalho a todos os participantes do PDTSI.
Foram muitas as viagens feitas para poder acompanhar o ritmo, foram muitos os sacrifícios feitos para conseguir concluir, aprendi e cresci durante todo este percurso.
Não conheço outros programas doutorais, mas imagino que tenham situações similares. Eu, pessoalmente, recomendo este percurso do PDTSI.